HISTÓRICO
BANDA
MAESTRO ÁLVARO CAMPOS
Criada
pelo Saudoso Maestro Álvaro Campos que era Ex-prefeito de Bodocó-PE, que na
década de 1930 veio montar sua farmácia Campos na recém criada e promissora cidade
Araripina-PE, logo começou a ensinar música as crianças e adolescentes, e com
recursos próprios o Maestro Álvaro Campos comprou e trouxe todos os
instrumentos da França para formação da sua Banda em Araripina-PE.
Em
1942 a já criada Banda Euterpina 25 de Dezembro, porém com a alcunha popular
de Banda do Maestro Álvaro Campos, teve sua estreia na inauguração da
Cooperativa de Araripina em 1942, daí por diante sempre tocando e animando as
missas e eventos da cidade como em todos os eventos cívicos e religiosos da
Região do Sertão do Pernambuco, Piauí e Ceará. Nessa época foi Regida Pelo Maestro
Álvaro Campos e depois pelos Maestro Raimundo Vidal e Severino Bentinho.
Em 1956
com a morte do Maestro Álvaro Campos que era o principal patrocinador e que
comprava instrumentos e materiais para banda, a mesma passou a ser administrada
pela Paroquia com apoio do Monsenhor Gonçalo e regência do Maestro Severino
Bentinho, infelizmente na década de 1970 a banda foi desativada.
Em
1987 a Banda do Maestro Álvaro Campos é reativada e municipalizada pelo então
Prefeito Dr. Valmir Lacerda que batiza em definitivo de Banda Maestro Álvaro
Campos homenageando o nome do seu velho amigo Alvinho, e já tendo a direção
do Sr. Pedro Bandeira que foi aluno e musico da primeira Banda do Maestro
Álvaro Campos, a Banda Municipal inicialmente foi formada com apenas 09 (Nove)
músicos vindos da Cidade do Uiraúna-PB e 02 músicos de Araripina, tendo sua
estreia no dia 29 de novembro de 1987 nos festejos da padroeira de Araripina
sob a regência do Maestro Geraldo Moisés.
Em 1988
vieram os músicos das cidades de Nazaré da Mata-PE e Crato-CE, e com alguns músicos
já formados na cidade de Araripina, aumentando assim os componentes da Banda.
Em 1989
com a saída do Maestro Geraldo Moisés, o músico Givanildo Joaquim (Neguinho)
assume a regência da Banda Municipal, ficando até 1998, em 2009 retorna para regência
da banda até os dias atuais de 2025.
O Sr.
Pedro Bandeira (em memória) foi o primeiro diretor de 1987 a 1996, e de 2009 a
2011. De 1997 a 2004 tivemos como diretor o Sr. Ribamar Carvalho ( Ribinha
Ribeiro ) (em memória) que deixaram um grande legado na Banda.
Em
1996 a então Prefeita Dr. Dionéia Lacerda oficializou a banda no diário oficial
abrindo concurso público para Músicos da Banda Maestro Álvaro Campos,
tornando-a intangível, pois sem este importante feito, talvez a banda fosse
extinta novamente.
Atualmente
em 2025 a Banda está vinculada à Secretaria de Cultura e possui cerca de 32
músicos efetivos naturais de Araripina e de outras cidades, sendo
que, atualmente em atividade temos 28 efetivos e 8 Contratados. A honrosa Banda
Municipal Maestro Álvaro Campos é aclamada por onde se apresenta, e sempre é
convidada para apresentações em toda região, sendo considerada o maior
Patrimônio Cultural de Araripina.
Histórico do Maestro Álvaro Campos
por Itamir Campos (filho do Maestro)
Álvaro Campos. Nasceu em Jardim, CE, em 29/JANEIRO/1891; Filho
de: Bernardino de Caldas Campos e Maria Dondom Campos. De família com muitos
irmãos/irmãs que residiam em diferentes cidades/Estados nordestinos – em
Petrolina (Rufina Campos cc Maroto Coelho) e João Campos (casado 2 vezes (Tia
Pitiu / Adérica); em Belmonte/Caruaru/Recife (Maria Campos (Mariquinha) cc
Izaías Bezerra) em Fortaleza (Querubina Campos cc Sá Bringel) e no Rio de Janeiro
(José Campos, s/informação). Seu Álvaro, desde cedo, trabalhou em farmácia em
Barbalha, CE, com um farmacêutico famoso, ali aprendendo fórmulas e
manipulações – há um ‘caderno’ com fórmulas... Casou-se em 1.ª núpcias com
Luzia Lócio Campos, (a família Lócio/Lóssio também é extensa, durante muito
tempo controlou politicamente a cidade de Bodocó – eram os ‘coronéis’ e com
presença na política estadual). Do casamento, vieram muitos filhos – Maria
Dondon (Bodocó, 1923-Goiânia, 198/), José Arnaud (Bodocó, 1926-Araripina,
198/), Terezinha, (Bodocó, 1929-Araripina, 1954) e Maria Luzalva (Bodocó,
1933), consta que alguns filhos faleceram ainda criança. Residia em Bodocó, PE,
proprietário de uma farmácia. Na década de 1930, foi Prefeito Municipal, fez
muitas melhorias na cidade, inclusive arborizando-a. A Prefeitura ficou lhe
devendo, pelo que consta nunca recebeu! Um Lócio, parente ou cunhado, lhe
sucedeu na Prefeitura e como desfeita mandou cortar as árvores. Seu Álvaro, chateado,
mudou sua residência e farmácia para Araripina, PE. Com o falecimento de d.
Luzia, casou-se em 2.ª núpcias em 1938 em Morais, distrito de Araripina, com a
adolescente, de 14 anos, Honorina Gouveia Granja, depois Honorina Granja
Campos. [O casamento foi combinado com o Pe. Luiz de Gonzaga, amigo do noivo e
com os pais da noiva que fora para Morais para ser madrinha de um batismo!] Do casamento,
vieram 9 filhos – Luzia, Francisco Itami, Bernardino, Maria da Conceição, Maria
das Mercês, Verônica Maria, Maria das Graças, Álvaro Campos Filho e Flávio José
– quase todos hoje residindo em Goiânia e com descendentes. A Farmácia Campos,
de Álvaro Campos, foi a primeira farmácia de Araripina, tinha grande estoque de
medicamentos, além de vidraria, essências e substâncias para preparo de
fórmulas e manipulação de medicamentos. Revendia medicamentos para o ‘interior’
do Piauí e do Ceará, nas proximidades de Araripina – Caldeirão, Pio IX,
Araripe. Embalei em mala de couro muitos ‘pedidos’ de revendedores da região...
Além da Farmácia, seu Álvaro, se dedicou à Banda
de Música, a primeira de Araripina – daí a banda de hoje ter seu nome. Os
instrumentos eram de sua propriedade e ele mantinha muitos músicos por sua
conta, alguns se alojavam em dependência da Farmácia Campos e fazendo refeições
na casa do Maestro. As retretas, as alvoradas e a participação nas Missas e
festividades da Igreja Católica local e regional eram comuns – a Banda se deslocava com frequência (nas festas
religiosas) de Morais, Barra de São Pedro, Serra Branca, Nascente – distritos
de Araripina e de Ouricuri; também para municípios vizinhos do Piauí (Pio IX),
e do Ceará. Com a política local radicalizando nas disputas entre o PSD e a UDN,
no início dos anos 1950, Seu Álvaro desfez sua Banca de Música. Ele era partidário
da UDN – ‘brigadeirista’ (setor da UDN que tinha o brigadeiro Eduardo Gomes como
expressão maior) e oposição local/estadual; o PSD elegeu diversos prefeitos e
seus chefes (coronéis) mandavam na cidade. A base do PSD era de fazendeiros e
proprietários rurais. Seu Álvaro, comerciante, citadino, nunca teve propriedade
rural, nem muito contato com o campo. Ali viveu até início de 1956, quando veio
a falecer, com 65 anos. (Por: Itamir Campos- Filho do Maestro)
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Hely Alen: Nos muitos relatos que pesquisei percebi no Maestro Álvaro a bondade, generosidade de um ser humano digno de todas homenagens.
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