Banda Maestro Álvaro Campos
Breve Histórico
Criada
pelo Saudoso Maestro Álvaro Campos que nos anos 30 ao chegar em Araripina ensinou música as
crianças e adolescentes, com recursos próprios o Maestro comprou e trouxe todos
os instrumentos da França para formação da sua Banda em Araripina-PE,
sua estreia foi em 1942 na inauguração da Cooperativa de Araripina, dai
por diante sempre tocando e animando as missas e eventos da cidade como
em todos os eventos cívicos e religiosos da Região do Sertão do
Pernambuco, Piauí e Ceará.
Foi Regida Pelos Maestros: Raimundo Vidal e depois por Severino Bentinho.
Banda anos 60/70 Administração Paroquial |
Nos anos 60 com a morte do Maestro passou a ser administrada pela Paroquia e infelizmente no anos 70 foi desativada.
Em
1987 é reativada e municipalizada pelo então Prefeito Valmir Lacerda, foi formada
inicialmente com 09 (Nove) músicos da Cidade do Uiraúna-PB juntamente com 02 músicos de Araripina, em seguida vieram os músicos de Nazaré da Mata-PE e
Crato-CE, nessa nova fase municipal o Uiraunense Geraldo Moisés foi o Primeiro Maestro.
Teve na sua regência os Maestros: Gilvanildo Joaquim (Neguinho), José Marcos (Jobá), Paulo Januário, José Gilmar, Flávio Daniel.
O Sr. Pedro Bandeira foi o primeiro diretor em 1987 e ainda foram Diretores e Coordenadores: Ribamar Carvalho(Ribinha Ribeiro), Paulo Januário, Carlos Alberto, José Wilton, José Bandeira, Petrônio Gomes.
1987 |
Teve na sua regência os Maestros: Gilvanildo Joaquim (Neguinho), José Marcos (Jobá), Paulo Januário, José Gilmar, Flávio Daniel.
O Sr. Pedro Bandeira foi o primeiro diretor em 1987 e ainda foram Diretores e Coordenadores: Ribamar Carvalho(Ribinha Ribeiro), Paulo Januário, Carlos Alberto, José Wilton, José Bandeira, Petrônio Gomes.
2016 |
Histórico do Maestro Álvaro Campos
por Itamir Campos (filho do Maestro)
Álvaro Campos. Nasceu em Jardim, CE, em 29/JANEIRO/1891; Filho
de: Bernardino de Caldas Campos e Maria Dondom Campos. De família com muitos
irmãos/irmãs que residiam em diferentes cidades/Estados nordestinos – em
Petrolina (Rufina Campos cc Maroto Coelho) e João Campos (casado 2 vezes (Tia
Pitiu / Adérica); em Belmonte/Caruaru/Recife (Maria Campos (Mariquinha) cc
Izaías Bezerra) em Fortaleza (Querubina Campos cc Sá Bringel) e no Rio de Janeiro
(José Campos, s/informação). Seu Álvaro, desde cedo, trabalhou em farmácia em
Barbalha, CE, com um farmacêutico famoso, ali aprendendo fórmulas e
manipulações – há um ‘caderno’ com fórmulas... Casou-se em 1.ª núpcias com
Luzia Lócio Campos, (a família Lócio/Lóssio também é extensa, durante muito
tempo controlou politicamente a cidade de Bodocó – eram os ‘coronéis’ e com
presença na política estadual). Do casamento, vieram muitos filhos – Maria
Dondon (Bodocó, 1923-Goiânia, 198/), José Arnaud (Bodocó, 1926-Araripina,
198/), Terezinha, (Bodocó, 1929-Araripina, 1954) e Maria Luzalva (Bodocó,
1933), consta que alguns filhos faleceram ainda criança. Residia em Bodocó, PE,
proprietário de uma farmácia. Na década de 1930, foi Prefeito Municipal, fez
muitas melhorias na cidade, inclusive arborizando-a. A Prefeitura ficou lhe
devendo, pelo que consta nunca recebeu! Um Lócio, parente ou cunhado, lhe
sucedeu na Prefeitura e como desfeita mandou cortar as árvores. Seu Álvaro, chateado,
mudou sua residência e farmácia para Araripina, PE. Com o falecimento de d.
Luzia, casou-se em 2.ª núpcias em 1938 em Morais, distrito de Araripina, com a
adolescente, de 14 anos, Honorina Gouveia Granja, depois Honorina Granja
Campos. [O casamento foi combinado com o Pe. Luiz de Gonzaga, amigo do noivo e
com os pais da noiva que fora para Morais para ser madrinha de um batismo!] Do casamento,
vieram 9 filhos – Luzia, Francisco Itami, Bernardino, Maria da Conceição, Maria
das Mercês, Verônica Maria, Maria das Graças, Álvaro Campos Filho e Flávio José
– quase todos hoje residindo em Goiânia e com descendentes. A Farmácia Campos,
de Álvaro Campos, foi a primeira farmácia de Araripina, tinha grande estoque de
medicamentos, além de vidraria, essências e substâncias para preparo de
fórmulas e manipulação de medicamentos. Revendia medicamentos para o ‘interior’
do Piauí e do Ceará, nas proximidades de Araripina – Caldeirão, Pio IX,
Araripe. Embalei em mala de couro muitos ‘pedidos’ de revendedores da região...
Além da Farmácia, seu Álvaro, se dedicou à Banda
de Música, a primeira de Araripina – daí a banda de hoje ter seu nome. Os
instrumentos eram de sua propriedade e ele mantinha muitos músicos por sua
conta, alguns se alojavam em dependência da Farmácia Campos e fazendo refeições
na casa do Maestro. As retretas, as alvoradas e a participação nas Missas e
festividades da Igreja Católica local e regional eram comuns – a Banda se deslocava com frequência (nas festas
religiosas) de Morais, Barra de São Pedro, Serra Branca, Nascente – distritos
de Araripina e de Ouricuri; também para municípios vizinhos do Piauí (Pio IX),
e do Ceará. Com a política local radicalizando nas disputas entre o PSD e a UDN,
no início dos anos 1950, Seu Álvaro desfez sua Banca de Música. Ele era partidário
da UDN – ‘brigadeirista’ (setor da UDN que tinha o brigadeiro Eduardo Gomes como
expressão maior) e oposição local/estadual; o PSD elegeu diversos prefeitos e
seus chefes (coronéis) mandavam na cidade. A base do PSD era de fazendeiros e
proprietários rurais. Seu Álvaro, comerciante, citadino, nunca teve propriedade
rural, nem muito contato com o campo. Ali viveu até início de 1956, quando veio
a falecer, com 65 anos. (Por: Itamir Campos- Filho do Maestro)
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Hely Alen: Nos muitos relatos que pesquisei percebi no Maestro Álvaro a bondade, generosidade de um ser humano digno de todas homenagens.
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