Gilvanildo Joaquim da Silva (Neguinho), músico trompetista a quase 30 anos, natural de Nazaré da Mata – PE, foi maestro regente da Banda Maestro Álvaro Campos de 1989 a 1998, em 2009 retorna e assume novamente o cargo de maestro regente até os dias atuais.
Hely Alen: Como
surgiu a música em sua vida?
Neguinho: A
música veio ao meu encontro ou eu fui ao dela através de um colega por nome de
Aldo que estudava música em Recife e que me incentivou a fazer também essas
aulas, seguindo seus atributos mim matriculei para estudar música em minha
querida Euterpina Juvenil Nazarena a popular CAPA BODE de Nazaré da Mata dando início assim a minha trajetória
musical.
Hely Alen: Fale
sobre o convite para participar da Banda Maestro Álvaro Campos:
Neguinho: Minha
vinda para fazer parte da Banda Municipal Maestro Álvaro Campos se deu através
do então Prefeito Dr. Valmir Lacerda, que na ocasião tinha ido ao Recife e lá
ao encontrar com o jornalista, curioso das Bandas de músicas do Brasil e
Ex-presidente das Bandas de músicas de Pernambuco Renan Pimenta “in memoria”,
relatou sobre a Banda Municipal de Araripina e que necessitava de músicos
capacitados para fazer parte do quadro de músicos da mesma, daí veio o convite,
entramos em acordo e graças a Deus estou por aqui até os dias de hoje.
Hely Alen: A
regência da Banda, quando e como aconteceu?
Neguinho: Assim que cheguei para Araripina em 1988 para fazer parte da
Banda Municipal, o senhor Geraldo Moises maestro na época tinha acabado de
passar no concurso público do Rio Grande do Norte próximo a Uiraúna na Paraíba
sua cidade natal que faz fronteira com aquele Estado, foi chamado para assumir
sua vaga do concurso no cargo de professor, ficando assim por aberto o cargo de
regente da Banda Municipal, se dando tudo isso no ano seguinte à minha chegada
ou seja em 1989. Daí o então diretor da Banda Pedro Augusto Bandeira e o já
prefeito Valdemir Batista (Dr. Mimi) “in memória” observando os componentes da
banda concordaram que eu seria entre os músicos o mais capacitado para ser o
Maestro da Banda Maestro Álvaro Campos e assim se fez.
Hely Alen: Diga-nos
algo de bom e marcante que a banda lhe proporcionou:
Neguinho: Dentre tantas coisas boas que contemplaram e contemplam minha
trajetória musical a que marcou profundamente foi conseguir levar a Banda
Maestro Álvaro Campos ao encontro de bandas da Mata Norte em minha terra natal Nazaré da Mata em 2010, encontro esse
que acontecia todos os anos, organizado pelo saudoso Renan Pimenta, ocasião em
que nossa banda se apresentou muito bem, representando e levando o nome de
Araripina ao ponto mais alto neste encontro segundo os críticos de música que
ali se encontravam e isto foi muito emocionante e marcante deixando-me bastante
satisfeito.
Hely Alen: Numa
análise do passado até os dias de hoje, quais as principais mudanças da Banda?
Neguinho: Observamos que do início da Banda até os dias
atuais já aconteceram
diversas mudanças como: o fim da república dos músicos que era mantida pela
prefeitura e coordenada pelo maestro; o local da sede que funcionava num espaço
por traz do museu ao lado da creche tia Dionéia bem mais arejado que o local
atual que não está oferecendo condições favorável para ensaios, se bem que já existe um projeto para a
reforma da sede atual; questão salarial onde no início a Banda fazia parte da Secretaria
de Educação e recebíamos mais de dois salários e agora recebemos pouco mais de
um salário; a mudança mais significativa que aconteceu na minha concepção
ocorreu no quadro de efetivos que no início era em torno de 16 músicos e hoje
temos mais que o dobro fortalecendo e incentivando a cultura musical
instrumental.
Hely Alen: Deixe
sua mensagem.
Neguinho: Aproveitando o clima favorável como diz o ditado “faça sempre
o bem sem olhar a quem” até mesmo para aqueles que de alguma maneira tentam lhe
prejudicar, ajude o próximo que um dia ele reconhecerá e provavelmente a
recompensa chegará mesmo sem você pensar porque Deus o ajudará,pense nisso e assim serás mais feliz.
Hely Alen: Meu
colega Gilvanildo que todos conhecem como NEGUINHO Maestro, com certeza você
fez muito pela cultura e musicalidade em Araripina, Bodocó e Santa Cruz, formou
vários músicos, músicos de qualidade que compõe o quadro principal da Banda. Foram
tantos momentos de nostalgia e satisfação que a Banda nos proporcionou, são
mais de vinte anos que nos conhecemos através da música, Foi meu primeiro professor de música, são muitas lembranças
e saudades: da escolinha de música do museu, saudades do reconhecimento dos
prefeitos que nos assalariavam muitíssimo bem, das frequentes viagem da Banda
para distritos e outros municípios, das retretas repletas de multidões. Posso
dizer que eis merecedor de homenagens pelos seus feitos no sertão de Pernambuco. Como
sempre Dr. Valmir Lacerda só fez coisas boas por Araripina e trazendo você foi
outra grande obra.
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